quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

REGRAS PARA CONSTRUIR UMA HISTÓRIA EM QUADRINHOS

Muitas coisas aconteciam nas Editoras, mais em função dos leitores, que dos desenhistas de Quadrinhos Nacionais. Uma revista de Quadrinhos é um produto, e como qualquer produto, tem que ter em seu interior, o conteúdo que se propões a vender, caso contrário, estaria lesando o consumidor (no caso, os leitores). Por isso, havia regras, para se construir uma história em Quadrinhos! Quero deixar bem claro, que não falo aqui, representando os demais, mesmo porque, essas regras foram passadas para mim, que achei correta e concordei em segui-las! Funcionava assim..
1 – Os cortes de enquadramento, só poderiam ser feitos até a metade das coxas do personagem. Daí pra baixo era primário, embora eu já tivesse vistos “cortes nos tornozelos”, prática comum nos quadrinhos da época (Nacional e Estrangeiro).
2 – Evitar excesso de closes! Essa era pra afastar a preguiça de fazer ângulos diferentes e cenários!
3 – Nunca colocar o personagem “olhando “pro meio da revista, onde ficavam os grampos (ou brochura)“! Ele (Eles ou Elas!). Tem que “Olhar” pra “fora da revista”! Cometi esse erro, quando fiz a capa do TEX, Inverteram o fotolito e, minha assinatura, também foi invertida, e como morava distante da Editora, alguém assinou por mim (ficou pesada, mas tudo bem!).
4 – “Situar o leitor”! Ou seja, substituir o texto clichê: “Enquanto isso...” por uma linguagem visual, esquemas utilizados em filmes, novelas e ETC e TAL... Quando se muda pra uma outra cena, fazer uma visão panorâmica externa do local, para em seguida, uma visão interna, pra não confundir os leitores. Essa regra, também girava em função da preguiça de alguns desenhistas de construir cenários!
Bom! Essas regras eram basicamente, uma cartilha do primário! Enquanto isso, as redundâncias textuais, matavam a pau! Parecia que continuávamos nos anos 50/60! Vou citar apenas uma cena, muito clichê: O personagem é atingido e cai de seu cavalo (a arte mostra tudo), mas o texto é colocado: “Atingido no ombro, nosso herói (*) cai de seu cavalo”. Bom! Além de desnecessário, tratava o leitor como uma criança, sem muito raciocínio, penso eu!(*) “NOSSO HERÓI”, pense num clichê surrado?!?
Watson Portela – 2017 50 ANOS DE DESENHO
18/01/2017 – MATUMBO/RJ

Regras para construir uma História em Quadrinhos

Nunca colocar o personagem “olhando “pro meio da revista, onde ficavam os grampos (ou brochura)“! Ele (Eles ou Elas!). Tem que “Olhar” pra “fora da revista”! Cometi esse erro, quando fiz a capa do TEX, Inverteram o fotolito e, minha assinatura, também foi invertida, e como morava distante da Editora, alguém assinou por mim (ficou pesada, mas tudo bem!).
Evitar excesso de closes! Essa era pra afastar a preguiça de fazer ângulos diferentes e cenários!
Os cortes de enquadramento, só poderiam ser feitos até a metade das coxas do personagem. Daí pra baixo era primário, embora eu já tivesse vistos “cortes nos tornozelos”, prática comum nos quadrinhos da época (Nacional e Estrangeiro).





 “Situar o leitor”! Ou seja, substituir o texto clichê: “Enquanto isso...” por uma linguagem visual, esquemas utilizados em filmes, novelas e ETC e TAL... Quando se muda pra uma outra cena, fazer uma visão panorâmica externa do local, para em seguida, uma visão interna, pra não confundir os leitores

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